O Ministério da Saúde adverte: apesar das faixa etária de 50 anos e mais apresentar tendência de crescimento na epidemia de Aids, a Campanha do Dia Mundial contra a Aids de 2007, comemorado no dia 1º. de dezembro, teve como foco principal os jovens entre 14 e 24 anos, sendo as mulheres e homens homossexuais e bissexuais o seu principal publico alvo.
Lançada com boas ações da mídia, como um hotsite interativo com linguagem adequada aos jovens e uma corrente virtual para o internauta demonstrar sua atitude e engajamento, a linha de ação foi adotada para ficar no ar por um mínimo de seis meses.
Até lá, a intenção é fazer com que o slogan “Sua atitude tem muita força na luta contra a Aids” chegue aos quatro cantos do Brasil. A atitude diz exatamente para onde caminha o Ministério: o jovem e o direto de exercer sua sexualidade e de usar o preservativo.Dados do Ministério da Saúde, indicam que, de 1980 a junho de 2007, foram notificados 424.273 casos de Aids no país.
Em ambos os sexos, a maior parte dos casos se concentra na faixa etária de 25 a 49 anos.
Porém, e diante das informações que apontam para o crescimento da doença na população de 50 anos ou mais, fica pergunta de quando, efetivamente, o Ministério da Saúde vai despertar para o simples fato de que sexo não tem idade máxima para ser praticado. E que tal como os jovens, pessoas idosas têm o mesmo direito de receber informação adequada, de exercer a sua sexualidade e de usar preservativos, como bem diz o Ministério.
É estarrecedor, portanto o fato dos idosos terem sido excluídos da comunicação oficial. Ainda mais quando se sabe que aumenta a expectativa de vida do brasileiro e que, em breve, os cabelos brancos vão dominar a paisagem brasileira.
O avanço da doença sobre esta população mais fragilizada, vai necessitar de atitudes bem mais complexas do que as poucas iniciativas que os gestores da saúde pública no país têm tomado até agora.
Uma delas será de mudar mentalidades.
Os caos de infecção nessa faixa etária na sua maioria acontecem por contaminação sexual e basicamente entre heterossexuais,
Há tabu em aceitar um idoso sexualmente ativo em boa parte dos lares brasileiros. Somado ao preconceito de que a população acima de 60 e mais, pode preferir jogos mais interessantes para seus dias e noites do que gamão e dominó, está aí a porta aberta para o crescimento da Aids.
Portanto, nunca é demais lembrar que prevenção vale para todos, não apenas para aqueles que iniciam sua vida sexual.
E quem pode fazer a diferença, são os profissionais de saúde, que devem deixar de lado o preconceito e abordar diretamente os idosos nos postos de saúde ou emergências.
Devem, também, saber que idosos não desenvolvem o quadro clássico da doença e ficar ainda mais atentos às manifestações da infecção. Em 2004, o então presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria do Distrito Federal, Dr. Renato Maia afirmou que o crescente número de notificações de Aids entre os idosos seria o resultado de uma combinação de fatores.
O maior deles seria a falta de identificação com as campanhas de orientação e prevenção da Aids, que têm sempre como foco o jovem, fazendo com que a pessoa idosa não se identifique como um doente em potencial. Se, no ano passado, o Ministério diz que ter atitude é lutar por uma causa, então está mais do que hora de quem milita com os direitos dos idosos exigir dos governantes uma atitude mais proativa diante da epidemia que se alastra em meio a esse grupo populacional.
Mais do que correr atrás do prejuízo, é preciso prevenir. E melhor ainda, que estas medidas sejam tomadas agora, enquanto a base da pirâmide não foi ainda invertida por completo e os cabelos brancos, que muitos serão, ainda podem ser mais facilmente contados e mobilizados
(Fonte: Lise Morosini – ANDIPI – (Agência de Noticias dos Direitos da Pessoa Idosa) – Texto publicado originalmente no jornal O Globo, 15/02/2008, Opinião p. 7, título “Erro na Saúde” - RLG – Rede Latino AMERICANA DE GERONTOLOGIA 13 de março de 2008 – Informaciones)
A SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE
Esse é um tema bastante comentado e motivo de piadas de mau gosto por muita gente que desconhece a realidade. Os idosos assim como todos os seres humanos têm as suas necessidades sexuais. A maneira de manifestar e concretizar a união sexual entre os idosos tem características próprias. A atração pelo outro sexo está presente, com uma forma peculiar de manifestá-la.
A sexualidade começa pelas manifestações de cortesia, auxilio mútuo, companheirismo. O carinho, o toque, os abraços são mais constantes e bem mais elaborados. O tempo não conta e apenas valoriza a procura de um pelo outro. Caso os parceiros resolvam ter uma entrega mais intima, essa será feita com paciência e calma mútuas, fazendo que os jogos amorosos que antecedem a relação sejam momentos de alegria e satisfação.
Como tantas outras atividades da vida, a sexualidade também sofre alterações e adaptações, adquire novas formas de se manifestar com o decorrer dos anos. Pode haver uma menor freqüência da relação e esse é um fato que apenas traz mais desejo e atração, mais intenção de sentir a participação ativa do(a) parceiro(a), cada um querendo dar mais prazer ao outro.
Diversos fatores podem prejudicar a atividade sexual dos idosos: fumo, álcool, obesidade, depressão, diabetes, infidelidades conjugais, falta de tato e delicadeza com o(a) parceiro(a), stress emocional, perda de entes queridos, dificuldades financeiras, desleixo com a aparência pessoal, entre outros.
A relação afetiva e amorosa é muito importante e absolutamente necessária para o ser humano. Amar e deixar-se amar. O amor não é um simples sentimento, o amor é um comportamento constante que se inicia desde cedo até às últimas horas do dia e que pode culminar com algo mais profundo e mais grandioso e que traz uma enorme sensação de gratificação para os amantes.
Amar é procurar fazer o outro feliz. Amor e egoísmo não coexistem. Por isso é que muitas uniões se extinguem após pouco tempo de convivência. Nós fomos criados através de um ato de amor e devemos nos empenhar para que uma atmosfera de amor seja a constante no nosso dia a dia, apesar das dificuldades e problemas que tenhamos que enfrentar.
O dito popular afirma: Só o amor constrói. Principalmente quando estamos fragilizados, aborrecidos, sentindo-se só é que mais precisamos da companhia, do carinho, compreensão por parte da pessoa amada.
Consolar e ser consolado. Uma boa relação amorosa é um fator de equilíbrio e um incentivo para termos melhor qualidade de vida, cada um cuidando do outro.
Os remédios que facilitam a ereção masculina acabaram trazendo um resultado inesperado: o aumento das doenças sexuais transmissíveis entre os idosos que não usam preservativos, pois não há perigo de gravidês indesejada. São muitos os casos de homens que trouxeram para casa doenças como a Aids, a gonorréa e a sífilis.
Idosas: cuidados com os companheiros metidos a Dom Juan...
SEXO SEGURO
As doenças sexuais transmissíveis (DST) são extremamente perigosas e podem causar problemas que vão desde a infertilidade nas mulheres e a falta de ereção nos homens até a AIDS. Nesse artigo você vai saber mais sobre cada uma das DST e como preveni-las.
Por Patrícia Boccia
Quando a AIDS entrou em cena, no início da década de 80, logo se tornou a mais perigosa e mortal doença infecto-contagiosa. Na época, acreditava-se que o vírus HIV se disseminava apenas na relação sexual entre homossexuais e usuários de drogas injetáveis. E a aids passou a integrar o rol das doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Hoje, os dados são assustadores: cerca de 40 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
E o grupo de risco não se restringe mais aos homossexuais, usuários de drogas injetáveis e receptores de sangue.Isto é, qualquer pessoa que não utilize o preservativo durante a relação sexual, corre o risco de se contaminar.
Prova disso é o número crescente de mulheres casadas e monogâmicas que são HIV positivas. Mas se As estatísticas cada vez incluem mais pessoas que se consideram fora de perigo, o que dizer das outras DSTs, que existem há séculos? A verdade é que nos dias atuais não se dá muita importância a elas.
Dificilmente alguém hoje pensa em se proteger da sífilis e da gonorréia. Só que, acredite, as DSTs atingem mais de 340 milhões de pessoas em todo o mundo.A OMS aponta que enquanto o HIV contamina cerca de um milhão por ano, a sífilis ataca três milhões e meio: a gonorréia 25 milhões; o papilomavírus genital (HPV), 30 milhões e a clamídia 120 milhões.
E o que é mais importante: ao contrário da Aids , essas doenças podem ser curadas e totalmente controladas. Mas os números revelam: apesar de bem informadas, as pessoas, incluindo jovens, estão relaxando mais e mais, como se nunca pudessem ser a próxima vítima.
AIDS – 443 MIL CASOS JÁ FORAM IDENTIFICADOS NO PAÍS
Definição – A sigla significa Síndrome da Imuno-deficiência Adquirida. Síndrome é a associação de vários sintomas que permitem identificar uma doença. Imuno-deficiência é o enfraquecimento importante do sistema imunológico. É provocada pelo vírus HIV, um retrovírus que ataca o sistema imunológico.
Fases - Na primeira fase, a pessoa é soropositiva, mas não apresenta sintomas.
Na fase intermediária surgem gânglios inchados, diarréia, emagrecimento, tosse, dor muscular, febre e manchas na pele. Na mais grave, há As chamadas doenças oportunistas, como tuberculose e herpes, e infecções que minam o sistema imunológico. Sem o tratamento, 80% dos contaminados atingem a fase final da doença.
Diagnóstico – Os exames de sangue confirmam a doença. A sorologia para anti-HIV e a contagem de células CD4. No primeiro, observa-se a presença de anticorpos contra o HIV. Se existirem, o corpo foi contaminado. No segundo, contam-se as células CD4. Quando estão em número muito baixo, o quadro da AIDS é considerado grave.
O resultado negativo até indica que a pessoa não está com anticorpos contra o vírus da AIDS detectáveis no exame.
Se houver exposição ao risco para o vírus da AIDS, o teste anti-HIV deve ser repetido após 6 meses (evitando, é claro, expor-se aos riscos nesse período). Esse é o temo que o organismo leva para produzir os anticorpos após a infecção.
O resultado positivo indica que a pessoa está infectada pelo HIV e pode passá-lo para outras pessoas, mas não significa que tem AIDS.
Como se pega - É quando o vírus entra em contato direto com o sangue, esperma ou secreções vaginais. Durante as relações sexuais, ocorrem lesões microscópicas, por onde o vírus entra.
O sexo anal é mais arriscado: as mucosas do ânus e reto são muito frágeis. O sexo oral oferece risco se houver ejaculação na boca do parceiro ou a mulher estiver menstruada e o parceiro tiver alguma ferida na boca.
O beijo na boca só oferece risco se houver sangramento de dentes ou gengivas. Mas até hoje, nenhum caso de transmissão por beijo foi cientificamente comprovado. Já agulhas, seringas e instrumentos cortantes, como os alicates de manicure, precisam ser individuais ou bem esterilizados.
Uma única gota de sangue que entre pela pele é suficiente para provocar a AIDS.
Como se trata – A combinação de várias drogas é a opção mais eficaz para impedir as réplicas do HIV. A terapia com um único antiviral é recomendada até no máximo um ano. Depois, perde a eficácia. O AZT, o DDL e o DDC são os medicamentos mais usados e pesquisados também.
A terapia combinada tem um objetivo claro: melhorar a eficácia global do tratamento em qualquer estágio da doença.
Alguns médicos recomendam o uso desses medicamentos também pelos soropositivos assintomáticos que apresentam queda nas defesas orgânicas. O coquetel não acaba aí, os especialistas, receitam paralelamente, substâncias como as que têm o papel de inibir uma enzima produzida pelo vírus e principal responsável pela sua multiplicação.
Além disso, há outra arma poderosa: os imunomoduladores, Eles têm a função de reconstruir ou estimular o sistema de defesa do corpo.
Fonte – Revista Vivasaúde – No. 54 – Outubro de 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário