terça-feira, 3 de abril de 2012

Heróis de um Brasil perdido.

Heróis de um Brasil perdido
Foto: Ricardo Chaves/AE
Quando cheguei ao Brasil, agosto de 1946, a revista semanal chamava-se O Cruzeiro, da frota dos Diários Associados do almirante Chatô. Tratava-se de uma publicação provinciana na forma e no conteúdo, mas algumas de suas páginas nada tinham de provinciano. Aquelas ilustradas por uma equipe de excelentes fotógrafos, entre os quais se destacava Jean Manzon. Outra, sorrateiramente ocupada pelo Amigo da Onça, a maligna criatura do humorista Péricles. E as duas entregues ao “Pif-Paf” de Millôr Fernandes encantariam Saul Steinberg, honrariam a melhor New Yorker.
Encantaram também a família Carta, que se passou à disputa acirrada do exemplar do Cruzeiro, da sala aos aposentos. Mas quem era este Millôr? Descobrimos um jovem de 23 anos, capaz de um humor que não desdenhava desatar o riso, embora, com naturalidade, fizesse pensar. De resto “livre pensar é só pensar”. Não é mesmo?
Dez anos depois fui para a Itália e lá fiquei por mais de três. De regresso a São Paulo no começo da década de 60, capturou-me no vídeo um comediante de 30 anos chamado Chico Anysio, capaz de encarnar dezenas de personagens que faziam rir sem deixar de convocar a inteligência dos espectadores. Millôr e Chico, talentos extremos, morreram nos últimos dias, depois de vidas bem vividas a bem da graça e da leveza, na sua função de elevar o espírito, sem descurar da consistência e da densidade. Ambos produziram muito e sem tropeços, aprumados e certeiros.
Conheci os dois, com Chico estive ralas vezes, de Millôr fui bom amigo e com ele cheguei a trabalhar. Não é disso, porém, que pretendo falar agora, e sim de como as duas figuras são representativas de um Brasil perdido. Entre o imediato pós-guerra e o golpe de 1964. O Brasil do futuro que nunca chegou.
Foto: Dario de Dominicis
Estranho o destino dos tempos. O futuro de então queria ser moderno sem manias de grandeza, desenvolvido na medida justa, contemporâneo culturalmente, equilibrado socialmente, habilitado a explorar em seu proveito os humores populares ampliando-lhes os alcances e a dar guarida digna aos seus talentos. Independente porque livre de qualquer gênero de colonização.
Hoje há quem enxergue novamente o Brasil como país do futuro, este, porém, não é aquele. Sonha-se é com a potência pela força da economia, a despeito das abissais disparidades internas ou da condição de exportador de commodities, sem falar das lacunas culturais. Há 60 anos o papel entregue à generosidade da natureza era bem diferente em relação ao atual. Cogitava-se explorá-la, a natureza, no quadro de um projeto muito amplo. Era o tempo da campanha do “petróleo é nosso”, com todas suas implicações. Nestes dias atuais a natureza é protagonista absoluta enquanto o neoliberalismo, resistente impávido, gera felizes fabricantes de dinheiro. Sobra a convicção de que o Brasil progride por conta própria à revelia dos homens.
Até o tempo conjugado no futuro está exposto a mudanças brutais. Tínhamos Chico Anysio, temos o Big Brother. Tínhamos Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Erico Verissimo, Jorge Amado, temos Paulo Coelho. Sim, a saudade daquele menino chegado aos 12 há 66 anos proporciona certas decepcionantes constatações. Tudo quanto a realidade do Brasil da minha adolescência e de minha juventude prometia foi miseravelmente descumprido.
Penso em um país cuja arquitetura era referência mundial e hoje se inspira em Gotham City, a cidade de Batman e Robin. Às vezes, parece-me surpreendê-los a sobrevoar em São Paulo a área da Avenida Berrini. Os pensadores agora atendem pelo sobrenome de Magnoli ou Mainardi, e já foram Gilberto Freire, Raymundo Faoro, Sérgio Buarque de Hollanda. Ao sair do curso noturno da Faculdade do Largo de São Francisco comprava a Última Hora e no bonde, de volta para casa, lia Nelson Rodrigues, com sua A Vida como Ela É, como anos após leria Stanislaw Ponte Preta a falar do Febeapá, o festival de besteiras que assola o país. Motorneiro, cobrador e os escassos passageiros surpreendiam-se com minhas gargalhadas.
Estava alegre e tinha razões para tanto. A marchinha de carnaval recomendava tirar o anel de doutor na hora da folia, “para não dar o que falar” ao passo que o samba via a lua “furando o nosso zinco”, a salpicar “de estrelas nosso chão”. E tu? “Tu pisavas os astros, distraída.”
Já não se fazem a alegria e a melancolia de antigamente, diria Millôr. A energia criativa, a santa ironia. À espera, então, de um futuro feliz para todos.
Mino Carta
No CartaCapital

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Receitas: Tudo Fácil......

Merluza a Portuguesa

-1 kg de merluza
-8 batatas médias
-azeite de oliva a gosto
-3 tomates maduros
-1 cebola grande
-1 pimentão vermelho
-1 pimentão amarelo
- azeitonas verdes picadas
-ovos cozidos a gosto
-salsinha, cebolinha a gosto

Modo de Preparo:

Corte as batatas em rodelas não muito grossa e cozinhe (al dente), corte os pimentões em rodelas e coloque na panela na mesma água que cozinhou a batata e deixe dar uma murchada, faça a mesma coisa com a cebola (tudo separado)
Em um refratário untado com azeite, faça camadas de cebola,tomates as batatas o peixe os pimentões, azeitonas, tempere com sal, e reque com azeite. Repita o processo e finalize com os ingredientes que restarem, salpique salsinha,cebolinha, e regue novamente com o azeite e leve ao forno por cerca de 1 hora ou até que o peixe esteja cozido. Retire do forno enfeite com os ovos cozidos e sirva com arroz branco e uma salada de brócolis cozida no vapor e regada com azeite extra virgem.
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Uma dica legal.
Parece bacalhau, só que mais barato, usei para fazer a merluza a portuguesa.

Bacalhau genérico.

- 1 kg de merluza
- 3 colheres(sopa) bem cheia de sal
- 1 litro de água

Ferva por 10 minutos na água com sal a merluza, escorra e arrume os filés na assadeira, não pode ficar uma em cima da outra, leve a geladeira descoberta de um dia para o outro.
Está pronto o bacalhau genérico, agora é só usar na receita de sua preferência.

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Macarrão Cremoso Muito Fácil.

500 gr - macarrão (pene/parafuso/gravatinha)
01 - lata de pomarola
01 - lata de atum
01 - lata de creme de leite com soro
03 - tabletes de caldo de (carne/legumes/bacon)
01 - lata de milho verde
01 - litro de água

Modo de Preparo:

Na panela de pressão coloque a água e todos os ingredientes, menos o macarrão e mexa bem.
Quando a água estiver fervendo acrescente o macarrão e tampe a panela.
Quando a panela começar a ferver(chiar), marque 4 a 5 minutos e está pronto, pode destampar e saborear que é muito gostoso.

Dica: você pode substituir o atum por presunto picado e mussarela, mas o queijo só acrescente depois que destampar a panela, mexa bem e sirva bem quente.

Obs: Acho esta macarronada muito pratica, é para quem está sem tempo, e também para quem não sabe ou não gosta de cozinhar....
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Enrolado de Presunto e Batata.

Você vai precisar de:

A quantidade depende de quantas pessoas vão comer.(pode calcular mais de 2 por pessoa, porque fica bom de mais.)
Obs: compre o presunto e a mussarela com fatias grandes e não muito finas.
- batata cozida e espremida temperada a gosto.(bem firme)
- presunto fatiado o quanto baste
- mussarela fatiada o quanto baste
- molho de tomate (pomarola)
- queijo parmesão ralado

Modo de fazer:

Cozinhe a batata esprema e tempere a gosto.(tem que estar firme)
Peque uma fatia de presunto, coloque uma de mussarela em cima do presunto, coloque um pouco do purê, e enrole como um canelone.
Num refratário que vai ao forno coloque um pouco de molho no fundo e vá colocando os rolinhos de presunto recheado.
Coloque bastante molho em cima dos rolinhos polvilhe com queijo parmesão ralado e leve ao forno.(10 a 15 minutos), ou até que o queijo tenha derretido e o molho estar bem quente.

OBS: Você poderá usar molho branco no lugar do vermelho.

Sugestão: Servir com arroz branco, uma salada de folhas verdes com tomate cereja.
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Omelete "Poché"

Preciso de:

3 - ovos
mussarela ralada
fatias de mussarela
2 - copos de água (+/-)
orégano
sal
Temperos a seu gosto

Como preparar:

Numa frigideira coloque a água para ferver.
Bata os ovos, coloque a mussarela, sal e orégano.
Jogue tudo na água fervendo sem mexer, quando estiver cozido, escorra para ficar bem seca, ainda quente coloque fatias de mussarela em cima da omelete.

Obs: como fazer! é do seu jeito, os ingredientes você pode variar como quiser, a quantidade desta é apenas uma sugestão.
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Feijão Tropeiro muito simples.

500 g de feijão cozido(não muito)
200 g de linguiça calabresa
200 g de lombinho defumado
50 g de bacon
01 cebola pequena ralada
Cheiro verde
02 dentes de alho amassados
Pimenta
Sal a gosto
Farinha de mandioca

Modo de Preparo

Frite o bacon, a linguiça, o lombinho com a cebola e o alho.
Junte o feijão sem o caldo e refogue por alguns tempo.
Coloque o restante dos temperos e a quantidade de farinha de mandioca até a consistência desejada.

Sirva com: couve picada e revogada e ovo frito.

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Filé de peixe na panela de pressão (rapidinho)

1 kg de filé de peixe
3 cebolas em rodelas
1 lata de molho de tomate pronto (pomarola)
250 ml de leite de coco
cheiro verde a gosto

Modo de preparo:

Tempere os filés de peixe (sal,limão,vinagre, pimenta do reino e sal) deixe marinar.
Coloque na panela de pressão o molho, o filé de peixe, a cebola e tampe a panela, quando pegar pressão (começar a chiar) conte 7 minutos e desligue a panela, deixe terminar a pressão, abra e acrescente o leite de coco e o cheiro verde.

Sugestão de acompanhamento: arroz branco, batata palha e uma salada bem caprichada a seu gosto.
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Estrogonofe de Domingo

1/4 de xícara (chá) de manteiga
1 cebola grande ralada
1 kg de filé cortado em tiras
1 1/2 xícara (chá) de champignom fatiado
1/2 cubo de caldo de carne/bacon
1 1/2 xícara (chá) de ketchup
1 colher (sopa) de mostarda
1/2 xícara (chá) de água
1 lata de creme de leite sem soro

Modo de preparo:

Em uma panela, aqueça a manteiga em fogo médio e frite a cebola a carne por uns 10 minutos. Acrescente o champignon, o caldo e misture até dissolver. Junte o ketchup, a mostarda, a água e cozinhe em fogo baixo por uns 5 minutos. Desligue o fogo coloque o creme de leite e misture.

Acompanhamento: arroz branco,batata palha e uma salada de brócolis cozida no vapor.

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Vaca atolada

1 colher (sopa) de óleo
500 g de costela de boi em pedaço
3 dentes de alho amassados
1 cebola cortada em pedaços grandes
Sal, cheiro verde, pimenta malagueta seca a gosto
2 xícaras (chá) de água
300 g de mandioca limpa e cortada em quatro partes

Modo de preparo:

Em uma panela de pressão. aqueça o óleo em fogo médio, acrescente a costela, o alho e frite até dourar levemente.
Adicione a cebola, tempere com sal, pimenta e refogue por mais 5 minutos. Coloque parte da água até que metade da costela fique coberta. Cozinhe por 15 minutos em fogo baixo, depois de iniciada a pressão. Deixe a pressão sair naturalmente, acrescente a mandioca, o restante da água e cozinhe por mais uns 15 minutos, depois que começar a chiar.
Deixe a pressão sair e volte ao fogo baixo para engrossar o caldo, acrescente o cheiro verde e sirva.
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Curau de milho (lata)

2 latas de milho verde ( sem a água)
1/2 xícara de chá de açúcar
400 ml de leite
200 ml de leite de coco
Canela em pó a gosto

Modo de fazer:

Bata o milho com o açúcar no liquidificador, o leite e o leite de coco.
Passe a mistura pela peneira, apertando bem o bagaço. Coloque o líquido em uma panela, leve ao fogo baixo e, sem para de mexer, deixe cozinhar até ficar cremoso. Despeje em forminha refratárias e salpique a canela em pó.

Sirva quente ou gelada
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Filé de merluza Nápoles.

4 files de merluza
suco de 1/2 limão
1 colher (chá) de sal
1 ovo batido
1 xícara (chá) de farinha de rosca
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 cebola picada
1 xícara (chá) de molho de tomate (pomarola)
1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas (pretas)
manjericão
óleo para untar

Modo de preparo

Tempere os filés com limão e sal.
Escorra o excesso de liquido, passe os filés pelo ovo e farinha de rosca, empane bem.
Distribua em uma assadeira untada com óleo e leve ao forno por 15 minutos até dourar, virando na metade do tempo.
Em uma panela, leve ao fogo médio o azeite e frite a cebola até murchar.
Adicione o molho de tomate, as azeitonas, manjericão e cozinhe por uns 8 minutos em fogo médio.
Tire o peixe do forno, arrume em uma travessa e despeje o molho por cima.

Sirva com: arroz branco, batata palha e uma bela salada a seu gosto.
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Costela na Panela de Pressão sem Água.

Ingredientes

1 kg de costela de boi meio magra
1 tablete de caldo de carne

Modo de preparo:

Ponha a costela e o caldo na panela de pressão, espere abrir fervura e deixe cozinhar por 10 minutos (não precisa água)
Abra a panela e mexa, para que o caldo misture com a costela.
Feche a panela e deixa abrir fervura novamente e deixa cozinhar por 20 minutos. Pronto retire e é só servir.

Obs: Atenção na hora do preparo vai cheirar queimado, isto é normal a costela tem que ser magra, para parecer churrasco, se for gorda junta muita água e fica parecendo cozida.

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Picanha na panela de pressão.

Ingredientes:

1 peça de picanha
1 cerveja preta
1 molho de tomate
1 pacote de sopa de cebola
alho a vontade

Modo de preparo:

Frite o alho e após coloque as cebolas raladas até ficarem douradas. Coloque a picanha com a gordura virada para baixo.
Deixe-a nessa posição até ficar bem dourada, vire e faça o mesmo do outro lado.
Adicione o creme de cebola, o molho e tomate e a cerveja preta, tempere a gosto e tampe a panela de pressão.
Depois que começar a pressão, marque 60 minutos, retire e agora é só saborear.
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Carne de panela de pressão.

Ingredientes:

1 kg de carne (acém, patinho, lombo de porco)
8 cebolas grandes cortadas em rodelas
3 cubos de caldo de carne/bacon

Modo de preparo:

Forrar o fundo da panela de pressão com metade das cebolas, desfazer um cubo de carne e colocar por cima das cebolas, adicionar a carne, por cima desfazer outro cubo de carne, cobrir a carne com o restante das cebolas e desfazer o outro cubo em cima das cebolas.
Fechar a panela pressão, sem adicionar água, deixar mais ou menos uns 25 minutos, abrir a panela, verificar se a carne está mole, senão deixar mais uns 10 minutos.
Está pronta uma carne saborosa, prática e rápida de fazer.
Se quiser pode, depois da carne pronta adicione umas batatas em rodelas e deixar por mais uns 10 minutos no fogo.

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Picanha no avesso

Ingrediente:

1 picanha não muito gorda
bacon fatiado bem fininho
sal grosso e papel alumínio

Modo de preparo:

Se a picanha for muito gorda desbaste a gordura deixando uma camada de aproximadamente 1,5 cm de altura.
Com uma faca afiada risque a gordura no sentido transversal e longitudinal formando quadrinhos sem ferir a carne.
Passe sal grosso.
Faça um corte de forma que a picanha fique parecendo um coador, tomando o cuidado de não ferir as bordas, vire para que a parte da gordura fique dentro, passe sal grosso, recheie com o bacon fatiado.
Cubra com papel alumínio (parte brilhante para o lado da carne), leve ao forno médio 200º c por duas horas.
Retire o papel alumínio e deixe dourar por 15 minutos.

Aposto que você nunca provou nada igual.......
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