terça-feira, 3 de abril de 2012

Sudário de Jesus, mortalha de Veja.

Pela segunda vez na década, comprei a revista. A matéria de capa faz uma audaciosa proclamação. Pena que não há nada que a sustente.
Deve ser efeito da Semana Santa: Veja apareceu com uma capa dizendo que há novas provas científicas apontando para a autenticidade do Sudário de Turim. A matéria em si é uma espécie de informercial de um novo livro que está saindo por aí, pela Companhia das Letras, chamado O Sinal, de Thomas de Wesselow.
Em meu Livro dos Milagres, dediquei um capítulo inteiro à questão do sudário, então o tema obviamente me interessou. Existem, em resumo, quatro linhas de evidência, independentes entre si, que apontam para o fato de que o sudário é uma falsificação criada na França medieval:
1. Datação por carbono 14: três fragmentos do sudário foram submetidos a datação por radiocarbono em três diferentes laboratórios, e os resultados, publicados na revista científica Nature, convergem para uma data entre os séculos 13 e 14.
2. Exame microscópico: Walter McCrone, um dos maiores especialistas em microscopia do mundo e perito em autenticação de obras de arte, descobriu no sudário pigmentos do século 14 aplicados com uma técnica usada no século 14.
3. Evidência documental: a despeito de teses fantasiosas em contrário, os primeiros documentos a citar o sudário são, adivinhe só, do século 14. Entre eles, há o depoimento de um bispo francês que afirma ter conhecido o artista responsável pela criação do sudário.
4. Evidência estética: a imagem do sudário não representa um corpo humano real, e sim um corpo humano distorcido de acordo com as convenções da arte gótica, que floresceu, adivinhe só, no século 14. As linhas são alongadas demais, e há assimetria no comprimento dos membros. Além disso, o sudário traz a impressão da panturrilha e da sola do pé de uma das pernas de Jesus. Tente fazer isso na cama, tocar o lençol, ao mesmo tempo, com a panturrilha e a sola da pé, os dois da mesma perna. Cuidado com a cãibra. Em seguida, imagine-se fazendo isso depois de morto.
Para ressuscitar (trocadilho intencional) a respeitabilidade científica — em oposição à respeitabilidade tal como vista pelos olhos dos sindólogos, entusiastas que estão para o sudário como os ufólogos estão para óvnis — da tese de que o sudário é verdadeiro, seria preciso, portanto, refutar, se não todos os pontos acima, ao menos a maioria deles.
Se Veja (ou suas fontes) tivesse encontrado provas capazes de eliminar pelo menos duas dessas dificuldades, o feito seria fenomenal. Assim, pela segunda vez nesta década, comprei a revista. As afirmações do texto são peremptórias: ele diz, por exemplo, que os argumentos do novo livro da Companhia das Letras “põem para escanteio todos os desmentidos científicos” (já disse que a matéria toda parece um infomercial?) acerca do sudário.
Audaciosa proclamação! Pena que não há nada, ali, para sustentá-la.

Imagem "milagrosa" do sudário de Turim (E) e réplica criada pelo cientista italiano Luigi Garlaschelli
É irônico, entre outras coisas, que a matéria comece citando o trecho do Evangelho de João onde se descreve que Jesus foi sepultado com lençóis (note o plural) de linho, incluindo uma faixa em separado para a cabeça. Claro que, se essa descrição é correta, o sudário, uma imagem ininterrupta do corpo inteiro (cabeça inclusa) num pano só, não pode ser verdadeiro.
Para ser justo, há um infográfico na matéria que tenta conciliar o sudário de peça-única à menção dos “panos” e da faixa da cabeça, mas com sucesso um tanto quanto discutível.
Das quatro linhas de evidência que apontam para o sudário como uma falsa relíquia, Veja se dirige a apenas uma: a datação de carbono 14. Um dos argumentos levantados é o do pólen — de que teriam sido encontradas, no tecido do sudário, amostras de pólen de plantas típicas da Palestina. Veja cita pólen identificado em 2001, aparentemente se referindo a uma nova análise das amostras obtidas por Max Frei, vários anos antes.
O que é engraçado, porque Frei morreu em 1983 com a reputação em frangalhos, depois de ter autenticado os infames (e decididamente falsos) “Diários de Hitler”. Análises posteriores mostraram que Frei provavelmente contaminara suas amostras com pólen palestino deliberadamente, a fim de criar uma “prova” a favor do sudário. Então, o fato de estudos posteriores de seu material confirmarem o pólen não provam nada, já que foi Frei quem, provavelmente, colocou-o lá, para começo de conversa.
O outro argumento contra a datação de radiocarbono é o de que a faixa de tecido extraída para ser analisada teria vindo de um trecho restaurado do sudário. O artigo da Nature descreve a remoção da faixa para análise nos seguintes termos: “O sudário foi separado de seu pano de fundo ao longo de sua margem esquerda e uma faixa (aproximadamente 10 mm por 70 mm) foi cortada imediatamente acima do local de onde uma amostra havia sido removida anteriormente em 1973, para exame. A faixa veio de um único local do corpo principal do sudário, afastado de quaisquer remendos ou queimaduras”. A extração foi feita sob a supervisão de especialistas em tecidos e tecelagem.
Eles podem ter se enganado? Claro. Todo mundo erra. Podem ter tido azar, também, pegando um trecho exatamente do único ponto do sudário onde o tecido teria sido reconstituído por meio de uma “costura invisível”. Mas a principal evidência a favor da existência de um “remendo indetectável” a olho nu — a presença de algodão e de um corante vegetal, garança — não é conclusiva: algodão e garança aparecem em outras partes do sudário, além do trecho extraído.
No entanto, mesmo que o pessoal do carbono 14 tenha sido especialmente incompetente, ou azarado, ou ambos, as outras três linhas de evidência em favor da tese da falsificação se mantêm. E Veja não gasta uma única mísera linha com elas. Embora mencione que o bispo de Poitiers proibira, em 1355, a veneração do sudário, a revista não diz o motivo: porque ele sabia que a peça era uma fraude.
Então resumindo: para o sudário ser autêntico, a datação de radiocarbono tem de ter sido conduzida por incompetentes azarados, o bispo de Poitiers tem de ter sido um canalha mentiroso (assim como Walter McCrone), todas as provas documentais da existência do sudário pré-1350 têm de ter sido destruídas ou escondidas, e o caráter gótico da imagem tem de ser uma curiosa coincidência.
Tudo isso é possível? Claro. Assim como aquela luz intensa junto à Lua pode ser uma nave de Andrômeda, por que não? Mas, se tiver de apostar, eu aposto que é o planeta Vênus.
 
Carlos Orsi
No Amálgama

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Receitas: Tudo Fácil......

Merluza a Portuguesa

-1 kg de merluza
-8 batatas médias
-azeite de oliva a gosto
-3 tomates maduros
-1 cebola grande
-1 pimentão vermelho
-1 pimentão amarelo
- azeitonas verdes picadas
-ovos cozidos a gosto
-salsinha, cebolinha a gosto

Modo de Preparo:

Corte as batatas em rodelas não muito grossa e cozinhe (al dente), corte os pimentões em rodelas e coloque na panela na mesma água que cozinhou a batata e deixe dar uma murchada, faça a mesma coisa com a cebola (tudo separado)
Em um refratário untado com azeite, faça camadas de cebola,tomates as batatas o peixe os pimentões, azeitonas, tempere com sal, e reque com azeite. Repita o processo e finalize com os ingredientes que restarem, salpique salsinha,cebolinha, e regue novamente com o azeite e leve ao forno por cerca de 1 hora ou até que o peixe esteja cozido. Retire do forno enfeite com os ovos cozidos e sirva com arroz branco e uma salada de brócolis cozida no vapor e regada com azeite extra virgem.
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Uma dica legal.
Parece bacalhau, só que mais barato, usei para fazer a merluza a portuguesa.

Bacalhau genérico.

- 1 kg de merluza
- 3 colheres(sopa) bem cheia de sal
- 1 litro de água

Ferva por 10 minutos na água com sal a merluza, escorra e arrume os filés na assadeira, não pode ficar uma em cima da outra, leve a geladeira descoberta de um dia para o outro.
Está pronto o bacalhau genérico, agora é só usar na receita de sua preferência.

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Macarrão Cremoso Muito Fácil.

500 gr - macarrão (pene/parafuso/gravatinha)
01 - lata de pomarola
01 - lata de atum
01 - lata de creme de leite com soro
03 - tabletes de caldo de (carne/legumes/bacon)
01 - lata de milho verde
01 - litro de água

Modo de Preparo:

Na panela de pressão coloque a água e todos os ingredientes, menos o macarrão e mexa bem.
Quando a água estiver fervendo acrescente o macarrão e tampe a panela.
Quando a panela começar a ferver(chiar), marque 4 a 5 minutos e está pronto, pode destampar e saborear que é muito gostoso.

Dica: você pode substituir o atum por presunto picado e mussarela, mas o queijo só acrescente depois que destampar a panela, mexa bem e sirva bem quente.

Obs: Acho esta macarronada muito pratica, é para quem está sem tempo, e também para quem não sabe ou não gosta de cozinhar....
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Enrolado de Presunto e Batata.

Você vai precisar de:

A quantidade depende de quantas pessoas vão comer.(pode calcular mais de 2 por pessoa, porque fica bom de mais.)
Obs: compre o presunto e a mussarela com fatias grandes e não muito finas.
- batata cozida e espremida temperada a gosto.(bem firme)
- presunto fatiado o quanto baste
- mussarela fatiada o quanto baste
- molho de tomate (pomarola)
- queijo parmesão ralado

Modo de fazer:

Cozinhe a batata esprema e tempere a gosto.(tem que estar firme)
Peque uma fatia de presunto, coloque uma de mussarela em cima do presunto, coloque um pouco do purê, e enrole como um canelone.
Num refratário que vai ao forno coloque um pouco de molho no fundo e vá colocando os rolinhos de presunto recheado.
Coloque bastante molho em cima dos rolinhos polvilhe com queijo parmesão ralado e leve ao forno.(10 a 15 minutos), ou até que o queijo tenha derretido e o molho estar bem quente.

OBS: Você poderá usar molho branco no lugar do vermelho.

Sugestão: Servir com arroz branco, uma salada de folhas verdes com tomate cereja.
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Omelete "Poché"

Preciso de:

3 - ovos
mussarela ralada
fatias de mussarela
2 - copos de água (+/-)
orégano
sal
Temperos a seu gosto

Como preparar:

Numa frigideira coloque a água para ferver.
Bata os ovos, coloque a mussarela, sal e orégano.
Jogue tudo na água fervendo sem mexer, quando estiver cozido, escorra para ficar bem seca, ainda quente coloque fatias de mussarela em cima da omelete.

Obs: como fazer! é do seu jeito, os ingredientes você pode variar como quiser, a quantidade desta é apenas uma sugestão.
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Feijão Tropeiro muito simples.

500 g de feijão cozido(não muito)
200 g de linguiça calabresa
200 g de lombinho defumado
50 g de bacon
01 cebola pequena ralada
Cheiro verde
02 dentes de alho amassados
Pimenta
Sal a gosto
Farinha de mandioca

Modo de Preparo

Frite o bacon, a linguiça, o lombinho com a cebola e o alho.
Junte o feijão sem o caldo e refogue por alguns tempo.
Coloque o restante dos temperos e a quantidade de farinha de mandioca até a consistência desejada.

Sirva com: couve picada e revogada e ovo frito.

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Filé de peixe na panela de pressão (rapidinho)

1 kg de filé de peixe
3 cebolas em rodelas
1 lata de molho de tomate pronto (pomarola)
250 ml de leite de coco
cheiro verde a gosto

Modo de preparo:

Tempere os filés de peixe (sal,limão,vinagre, pimenta do reino e sal) deixe marinar.
Coloque na panela de pressão o molho, o filé de peixe, a cebola e tampe a panela, quando pegar pressão (começar a chiar) conte 7 minutos e desligue a panela, deixe terminar a pressão, abra e acrescente o leite de coco e o cheiro verde.

Sugestão de acompanhamento: arroz branco, batata palha e uma salada bem caprichada a seu gosto.
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Estrogonofe de Domingo

1/4 de xícara (chá) de manteiga
1 cebola grande ralada
1 kg de filé cortado em tiras
1 1/2 xícara (chá) de champignom fatiado
1/2 cubo de caldo de carne/bacon
1 1/2 xícara (chá) de ketchup
1 colher (sopa) de mostarda
1/2 xícara (chá) de água
1 lata de creme de leite sem soro

Modo de preparo:

Em uma panela, aqueça a manteiga em fogo médio e frite a cebola a carne por uns 10 minutos. Acrescente o champignon, o caldo e misture até dissolver. Junte o ketchup, a mostarda, a água e cozinhe em fogo baixo por uns 5 minutos. Desligue o fogo coloque o creme de leite e misture.

Acompanhamento: arroz branco,batata palha e uma salada de brócolis cozida no vapor.

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Vaca atolada

1 colher (sopa) de óleo
500 g de costela de boi em pedaço
3 dentes de alho amassados
1 cebola cortada em pedaços grandes
Sal, cheiro verde, pimenta malagueta seca a gosto
2 xícaras (chá) de água
300 g de mandioca limpa e cortada em quatro partes

Modo de preparo:

Em uma panela de pressão. aqueça o óleo em fogo médio, acrescente a costela, o alho e frite até dourar levemente.
Adicione a cebola, tempere com sal, pimenta e refogue por mais 5 minutos. Coloque parte da água até que metade da costela fique coberta. Cozinhe por 15 minutos em fogo baixo, depois de iniciada a pressão. Deixe a pressão sair naturalmente, acrescente a mandioca, o restante da água e cozinhe por mais uns 15 minutos, depois que começar a chiar.
Deixe a pressão sair e volte ao fogo baixo para engrossar o caldo, acrescente o cheiro verde e sirva.
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Curau de milho (lata)

2 latas de milho verde ( sem a água)
1/2 xícara de chá de açúcar
400 ml de leite
200 ml de leite de coco
Canela em pó a gosto

Modo de fazer:

Bata o milho com o açúcar no liquidificador, o leite e o leite de coco.
Passe a mistura pela peneira, apertando bem o bagaço. Coloque o líquido em uma panela, leve ao fogo baixo e, sem para de mexer, deixe cozinhar até ficar cremoso. Despeje em forminha refratárias e salpique a canela em pó.

Sirva quente ou gelada
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Filé de merluza Nápoles.

4 files de merluza
suco de 1/2 limão
1 colher (chá) de sal
1 ovo batido
1 xícara (chá) de farinha de rosca
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 cebola picada
1 xícara (chá) de molho de tomate (pomarola)
1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas (pretas)
manjericão
óleo para untar

Modo de preparo

Tempere os filés com limão e sal.
Escorra o excesso de liquido, passe os filés pelo ovo e farinha de rosca, empane bem.
Distribua em uma assadeira untada com óleo e leve ao forno por 15 minutos até dourar, virando na metade do tempo.
Em uma panela, leve ao fogo médio o azeite e frite a cebola até murchar.
Adicione o molho de tomate, as azeitonas, manjericão e cozinhe por uns 8 minutos em fogo médio.
Tire o peixe do forno, arrume em uma travessa e despeje o molho por cima.

Sirva com: arroz branco, batata palha e uma bela salada a seu gosto.
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Costela na Panela de Pressão sem Água.

Ingredientes

1 kg de costela de boi meio magra
1 tablete de caldo de carne

Modo de preparo:

Ponha a costela e o caldo na panela de pressão, espere abrir fervura e deixe cozinhar por 10 minutos (não precisa água)
Abra a panela e mexa, para que o caldo misture com a costela.
Feche a panela e deixa abrir fervura novamente e deixa cozinhar por 20 minutos. Pronto retire e é só servir.

Obs: Atenção na hora do preparo vai cheirar queimado, isto é normal a costela tem que ser magra, para parecer churrasco, se for gorda junta muita água e fica parecendo cozida.

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Picanha na panela de pressão.

Ingredientes:

1 peça de picanha
1 cerveja preta
1 molho de tomate
1 pacote de sopa de cebola
alho a vontade

Modo de preparo:

Frite o alho e após coloque as cebolas raladas até ficarem douradas. Coloque a picanha com a gordura virada para baixo.
Deixe-a nessa posição até ficar bem dourada, vire e faça o mesmo do outro lado.
Adicione o creme de cebola, o molho e tomate e a cerveja preta, tempere a gosto e tampe a panela de pressão.
Depois que começar a pressão, marque 60 minutos, retire e agora é só saborear.
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Carne de panela de pressão.

Ingredientes:

1 kg de carne (acém, patinho, lombo de porco)
8 cebolas grandes cortadas em rodelas
3 cubos de caldo de carne/bacon

Modo de preparo:

Forrar o fundo da panela de pressão com metade das cebolas, desfazer um cubo de carne e colocar por cima das cebolas, adicionar a carne, por cima desfazer outro cubo de carne, cobrir a carne com o restante das cebolas e desfazer o outro cubo em cima das cebolas.
Fechar a panela pressão, sem adicionar água, deixar mais ou menos uns 25 minutos, abrir a panela, verificar se a carne está mole, senão deixar mais uns 10 minutos.
Está pronta uma carne saborosa, prática e rápida de fazer.
Se quiser pode, depois da carne pronta adicione umas batatas em rodelas e deixar por mais uns 10 minutos no fogo.

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Picanha no avesso

Ingrediente:

1 picanha não muito gorda
bacon fatiado bem fininho
sal grosso e papel alumínio

Modo de preparo:

Se a picanha for muito gorda desbaste a gordura deixando uma camada de aproximadamente 1,5 cm de altura.
Com uma faca afiada risque a gordura no sentido transversal e longitudinal formando quadrinhos sem ferir a carne.
Passe sal grosso.
Faça um corte de forma que a picanha fique parecendo um coador, tomando o cuidado de não ferir as bordas, vire para que a parte da gordura fique dentro, passe sal grosso, recheie com o bacon fatiado.
Cubra com papel alumínio (parte brilhante para o lado da carne), leve ao forno médio 200º c por duas horas.
Retire o papel alumínio e deixe dourar por 15 minutos.

Aposto que você nunca provou nada igual.......
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